Será no palco do Teatro do Grêmio, em Barretos, no dia 26 de setembro, às 20 horas,  que a cantora Alciony Menegaz apresentará o espetáculo Luz do Palco, baseado no disco homônimo que acaba de ser lançado. O show e o disco celebram sua trajetória de mais de cinco décadas na música brasileira e traz canções autorais e inéditas resgatadas de seu acervo pessoal, unindo influências da era dos festivais, da Bossa Nova e da nova geração da MPB. Após ter o lançamento adiado em 2020 por conta da pandemia, o projeto enfim chega ao público em formato digital e com uma série de apresentações ao vivo.

Ao lado de Alciony, estarão os músicos Thiago Monteiro (piano), Duda Lazarini (bateria) Bruno Barbosa (baixo), Thiago Carreri (guitarra), Ricardo Pérez (percussão), Marcelo Toledo (sax), Michael Ramos (trompetista) e o quarteto de cordas formado por Anderson de Oliveira (Violino), Adrean Rodrigues (Violino), Willian Rodrigues (Viola) e Pedro Henrique Pasqualatto (Violoncelo).

Gravado com arranjos sofisticados e músicos de renome como Marcelo Mariano, Neymar Dias, Webster Santos e Thiago Rabello, o disco conta ainda com a participação de um quarteto de cordas da OSESP em quatro faixas. As composições passeiam por diferentes fases da vida e da arte de Alciony, com obras de Tito Madi, Dolores Duran, Celso Viáfora, entre outros.

Formam o repertório Luz do Palco (Rafael Altério / Celso Viáfora), Canto Oração (Mário Feres), Chove lá Fora (Tito Madi), Fidalguia (João Carlos Figueiredo Ferraz / Carlinhos Machado), Barracão (Elizeth Cardoso), Por Causa de Você (Antonio Carlos Jobim, Dolores Duran), Abandono (Rafael Altério / Rita Altério), Perfil de São Paulo (Bezerra de Menezes) e Reza (Edu Lobo).

O projeto conta com a realização e apoio do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Proac-SP, da Política Nacional Aldir Blanc, Proac SP, SP Cult, Lei Paulo Gustavo  Ministério da Cultura.

Nascida em 1949, na cidade do Prata (MG), e criada em Barretos (SP), Alciony Menegaz começou a cantar ainda criança nas rádios da região, guiada por seu pai, o maestro Yolando Menegaz. Brilhou nos festivais da juventude e, incentivada por jornalistas, mudou-se para São Paulo nos anos 1970 para seguir o sonho da música. Contratada por Abelardo Figueiredo, apresentou-se na casa de shows “O Beco” e logo chamou a atenção da gravadora RCA Victor, que lançou seu primeiro LP em 1971, com o hit “Isabela”, que alcançou o segundo lugar nas paradas nacionais. Lançou mais dois discos pela gravadora e se apresentou em programas como “Clube dos Artistas”, “Almoço com as Estrelas”, Hebe Camargo e Bolinha.

Em 1974, sofreu um grave acidente doméstico e precisou se afastar temporariamente dos palcos. Recuperada, voltou com força total, integrando grupos como o Jongo Trio e se apresentando inclusive no lendário Studio 54, em Nova York. Em 1979, gravou o sucesso “Ella Sou Eu” (trilha de um comercial de cigarro), que a reconectou ao grande público.

Mesmo após se afastar parcialmente da vida artística para dedicar-se à família, Alciony nunca abandonou a música. Em 2008, retomou os palcos com o show “Tributo a Elis”, lançou o álbum “Mundo Belo” e realizou apresentações na Alemanha. Também atua como escritora, artista plástica e é membro de academias de letras e artes, como a ALARP, ALAB e Casa do Poeta e Escritor de Ribeirão Preto.